Bruna
Carolina M. Ramos
Zafrina uma aventura na África
É bem comum reclamarmos do quanto nossa vida
está difícil, que não aguentamos mais tanta pressão, estresse, barulho, sempre
falta algo para dar sentido, nunca estamos contentes com o que temos e muito
menos com o estilo de vida que levamos. Bom o que nós nos esquecemos de pensar
é que existem coisas que tem muito mais
valor do essas futilidades com as quais estamos preocupados em ter, coisas
básicas e vitais para a vida de um ser humano como a água, muitas pessoas não
possuem este recurso natural tão importante. Nesta história você irá descobrir
o verdadeiro valor de uma amizade que vai além do preconceito e o quão grande é
o sofrimento vivido por milhares de pessoas em alguns países da África.
Na cidade de New York vive Albert Sthanley
junto com seus pais, Mara e Kevin, moram em um bairro próximo ao Central Park,
o lugar preferido do garoto para passear, ele sempre dizia que o parque era
mágico, pois lhe trazia boas vibrações, por essa razão para agradar ao menino
os pais sempre o levavam para dar uma rápida caminhada todos os dias depois da
escola. Albert levava uma vida feliz, seus pais o amavam incondicionalmente,
tinha muitos amigos, não lhe faltava nada. Inteligente e esforçado, procurava
aumentar cada vez mais seus conhecimentos, pois tinha um sonho que ele queria
realizar acima de tudo, desejava ser médico, não pela razão de possuir um Dr.
em seu nome, possuir um diploma, ter um salário alto, enfim a intenção não era
se exibir, sua visão foi muito mais longe, o menino queria ajudar as pessoas que
precisassem, aquelas esquecidas pelo restante do mundo que tinham que lutar
bravamente por sua sobrevivência. Um dia conversando, a família começou a
cogitar uma possível viagem de férias, que seria em outro país, então iniciou
se uma discussão longa e divertida, cada um falava um país que sempre quis
conhecer e as belezas que vira em documentários, fotos e manchetes, o primeiro
a ser pensado foi o Brasil, que sempre ouviram falar de suas grande riqueza
cultural e natural, cheio de cor e vida, de um povo feliz e acolhedor, mas
apesar de todos esses atrativos, faltava algo que os instigasse mais a querer
conhecer, logo em seguida a mãe de Albert teve uma ideia de viagem diferente, e
com certeza um país excelente a ser visitado, China, este também possuía uma
cultura altamente rica, cheio de lendas e belezas, de uma história interessante
que valia a pena ser explorada, enfim todos estes argumentos chamaram sem
dúvida a atenção da família, certamente seria China o destino das férias dos
Sthanley.
Após a conversa sobre a viagem, mais tarde,
a família se unira na mesa de jantar, e enquanto a mãe de Albert preparava a
refeição ele e seu pai começaram a pensar nos lugares que visitariam e nas
comidas que pretendiam experimentar, riam muito pois algumas das iguarias
chinesas eram bem diferentes do que se poderia chamar de comum, comer formiga
por exemplo, não era uma das metas deles. Depois do jantar todos seguiram para
a sala de estar, sentaram se no sofá e ligaram a televisão para assistir ao
jornal, gostavam de estar sempre em dia com as noticias tanto locais quanto as
de outros países. Vendo o noticiário, viram uma noticia sobre a África que lhes
deixou comovidos,falava que 239 milhões
de africanos sofrem com a dor da fome, dizia também que hoje existem mais
crianças desnutridas do que a 30 anos, tudo isso é causa das disputas
territoriais, dos investimentos em armamentos de guerras, não lembram das
necessidades do povo. Depois do fim do jornal, Albert diz ao pais que depois do
que acabara de ver no noticiário sente
que eles deviam mudar o destino desta viagem de férias e seguirem para a
África, pois ele queria ver de perto o modo de vida das pessoas de lá e se
possível tentar ajudar, pois existiam
crianças da mesma idade que a dele que não tinham as mesmas oportunidades que
ele tem, os pais comovidos com o modo de pensar do menino decidiram que a
partir daquele momento que descobririam toda a rica e valiosa cultura africana,
que com certeza era muito além das belas imagens que se passa nos filmes, uma
África real da qual eles estavam prestes a conhecer.
Duas semanas depois de decidirem qual seria
o destinatário da viagem, Albert e seus pais arrumaram suas malas e passagens e
partiram para sua grande aventura no continente africano, mal podiam esperar
para conhecer mais a fundo suas belezas e cultura. Logo após algumas horas de
viagem, desembarcaram do avião no aeroporto do Zimbabwe, já dava para ver um
pouco da cultura através das pessoas o modo como se vestiam, depois disso
saíram dali com um guia turístico para que pudessem explorar mais os lugares
que mais queriam conhecer. O pai de Albert, Kevin pediu ao guia que lhes
levasse para um lugar onde se poderia ver realmente a verdadeira cultura do
país, ver como viviam as pessoas, assim o guia seguiu para um povoado que
ficava a alguns quilômetros de onde estavam, no caminho puderam ver algumas das
características da vegetação africana, a savana que tinha a presença de alguns
animais também típicos da região, como a girafa e a zebra, tudo isso encheu os
olhos da família que só havia visto aqueles e os demais animais na televisão
nos filmes e documentários, ficaram deslumbrados com a paisagem, principalmente
Albert que estava eufórico queria conhecer mais ver mais, não conseguia parar de
amar o que estava vendo, disse a seus país que havia se equivocado em relação
ao lugar mais mágico do mundo que até então ele considerava o Central Park, mas
agora que pode conhecer algo além do que estava acostumado a ver e amar, viu
que a magia esta onde amamos estar não apenas em um lugar, e naquele momento
ele estava adorando estar ali junto a sua família descobrindo algo novo e
especial. Antes de chegar ao povoado que já estava bem próximo dali, o guia
lhes avisou de antemão que não se assustassem com o que viriam a ver, pois
apesar de terem visto e se maravilhado antes, agora toda a magia poderia se
acabar com a dura realidade de um dos países mais pobres do mundo. Chegando ao povoado, sentiram o coração
bater mais depressa e os olhos se encherem de lágrimas, era impossível estar
ali e não se comover com a situação, algo lamentável e triste, as pessoas
definhando, pareciam estar totalmente desidratadas, os olhares eram tristes, um
cenário desolador que chocava, as crianças brincavam no chão estavam sujas e magras, o pai de Albert pede ao guia
que pergunte a uma das crianças que vira o que ela havia comido durante o dia,
o guia foi até a criança e fez a pergunta, ao voltar o guia lhes disse que ela
só havia comido um tipo de mingau que teve que dividir com a família e um pouco
de água que a mãe havia conseguido que também tiveram de dividir pois não havia
muito, nesse momento o pai de Albert se aproximou e lhe deu a sua garrafa com
água que tinha trazido com ele para a criança, que estava tão fragilizada pela
falta de alimento que precisou que ele a ajuda se a beber, fora uma cena
tocante, enquanto lhe dava de beber lágrimas escorriam pela sua face sem
cessar, pois ele viu o tamanho desespero da criança que bebera muito depressa a
água da garrafa, naquele momento vendo a dura realidade que aquele povo vivia
Albert pede a mãe que eles fiquem ali pois ele quer conhecer fazer amizade com
os moradores, sua mãe conversa com o marido que aceita mas diz que não podem
ficar agora devem se preparar com mantimentos e barracas, então falaram com o
guia que disse que iria providenciar para que no dia seguinte estivesse tudo
pronto. Na volta para a cidade a família conversava a respeito do que viram na
tarde que ficaram no povoado, e durante a conversa decidiram que iriam ajudar
aquelas pessoas não importava quanto tempo isso levaria, mas eles fariam algo
para amenizar o sofrimento daquele povo.
No dia seguinte, o guia havia preparado
tudo o que eles precisariam para se manter no local, e a pedido do senhor Kevin
trouxe também um grande volume de comida e água potável que pudesse extinguir a
sede e a fome das pessoas do povoado, tendo feito isso seguiram para lá, ao
chegarem foram recebidos com carinho, lhes deram de comer e beber, era bonito
de ver, pois o bem que estavam fazendo aquelas pessoas sem dúvida alguma era
muito importante. Em meio as pessoas Albert foi tentando conhecer cada uma
delas com a ajuda do guia, que também lhe ensinou algumas palavra para ele
pudesse se comunicar. Durante as conversas Albert viu uma menina que aparentava
ter a sua idade, era bem magra e estava de costas para ele, a menina dava
alimento a um menino bem pequeno que supunha ser seu irmão, resolveu se
aproximar perguntou lhe seu nome como havia ensinado o guia, ela meio receosa
se afastou um pouco, então o menino chamou Dulani que era o guia, para este
pudesse ajuda ló a comunicar se com a menina, aos poucos Dulani foi explicando
a ela a verdadeira intenção de Albert e de suas família, então ela finalmente
se mostrou aberta a conversa, assim o menino se apresentou e em seguida
perguntou como se chamava, a menina disse que se chamava Zafrina ela contou que
significava graciosa, sua mãe contou a ela que lhe deu esse nome porque ela
havia nascido em um momento em que a situação não era muito boa, mas estava tão
feliz com seu nascimento que se sentiu agraciada, bom ela lhe contou muitas
outras coisas, seu sonho era ajudar seu povo, queria que um dia seu sofrimento
acabasse, contou a ele que deseja ser médica quando crescesse para curar as
pessoas de graça, Albert lhe disse que também desejava se tornar um médico pela
mesma razão que ela, bem a conversa foi longa, nem perceberam o tempo passar só
pararam depois do jantar quando havia chegado a hora de se recolher, então
Albert e Zafrina disseram boa noite foram dormir, a partir daquele dia uma
linda amizade brotou entre os dois. Todos os dias juntos eles ajudavam a
distribuir o café da manhã para as pessoas e corriam para junto das outras
crianças perguntando se alguma delas precisava de algum medicamento ou cuidado
especial que eles ajudariam, mas nada tão grave além de desidratação e
desnutrição que foram melhorando com o tempo, bom vendo a grande melhora que
haviam feito o pai de Albert fez muitas ligações para New York tentando conseguir
ajuda com seus colegas do escritório de economia onde trabalhava para o
povoado, e conseguira pouca mas já dava para ajudar, enquanto isso a Mara a mãe
do menino estava tentando conseguir ajuda local para dar início a um projeto
que pudesse colaborar na educação das crianças que ainda não sabiam escrever
seu próprio nome, e claro no fornecimento de água potável e alimento. A aliança
entre as pessoas daquele povoado e os Sthanley se tornou muito forte, o povo
confiava neles sabiam que alguém finalmente se preocupara com sua existência.
Como se tornou muito amiga de Albert todos os dias ela o levava para conhecer
um lugar diferente, um mais bonito que o outro, mais em especial ele se
encantara com uma árvore alta e tortuosa na qual eles sempre subiam em cima
para contar histórias e falar sobre o que haviam feito durante o dia, ficavam
na árvore até tarde só saiam de lá na hora do jantar. Bom passaram se dois
meses e meio as férias estavam chegando ao fim, Albert começou a ficar
preocupado pois teriam de ir embora e ele deixaria Zafrina para trás, ficava
pensando no que fazer para que isso não acontecesse, conversou com seus pais
sobre morar ali, então eles disseram que não seria possível pois tinham uma
vida nos Estados Unidos, e que ele não precisava se preocupar com Zafrina e o
restante do povoado, porque iriam deixar gente responsável cuidando de tudo e
ficariam sabendo de tudo que acontecesse, mas o menino não ficou feliz ele
realmente teria de deixar sua amiga que tanto adorava ali. Um dia antes da viagem
de volta Albert foi falar com Zafrina disse a ela que iria embora no dia
seguinte, naquele momento uma lágrima escorreu de seus olhos castanho escuro
até o seu queixo, nesse momento Albert lhe deu um abraço bem forte e não a
soltou, lhe disse que não importava a distância eles sempre seriam amigos, e
que ele daria um jeito de se comunicar com ela enquanto estivesse longe, assim
ele a soltou e limpou seu rosto, com um olhar triste Zafrina deu lhe um cordão
que tinha como pingente uma pedra da cor verde esmeralda, disse que enquanto
ele usasse o cordão ela sempre estaria com junto dele o protegendo, falando
isso a menina saio correndo para sua tenda, e Albert triste foi até a árvore
deles para se despedir sentir a brisa que soprava em sua face e ver as estrelas
que ele nunca podia ver em suas cidade por causa de todas as luzes das
construções, e escutar o barulho da natureza que era quase impossível com
tantos carros, Televisão, músicas entre outros que faziam muito barulho, dali
foi para sua tenda, ficando lá até o dia clarear, com as malas já prontas se
despediram dos amigos que fizeram ali, todos muito agradecidos cantaram uma
canção de suas tradição em forma de agradecimento, e assim tendo se despedido
de todos os Sthanley subiram até o carro onde Dulani os aguardava até que
Zafrina surge para dar o último abraço de despedida em Albert que ficou muito
feliz de sua amiga ter vindo lhe ver antes de ele partir, tendo se despedido
dele a família partiu de volta para sua cidade, com uma felicidade muito grande
por ter ajudado aquelas pessoas mas também com um peso no peito por ter os
deixado, mas eles sabiam que não poderiam ficar e ali onde estavam agora
poderiam arrecadar mais dinheiro para ajuda lós, e foi o que fizeram, o projeto
que havia sido iniciado no Zimbabwe estava dando muito certo. Apesar de estarem
felizes pelo sucesso do projeto os pais de Albert estavam preocupados pois ele
andava muito triste pois estava longe de sua grande amiga, então decidiram em
dar um jeito de ele poder se comunicar com ela. Um dia depois de chegar da
escola os pais de Albert o levaram para dar uma volta no Central Park e
enquanto perguntavam sobre seu dia na escola, disseram a ele que ao voltarem
para casa teria um presente a sua espera. Chegando em casa os pais o levaram
até a biblioteca e pediram que ele se sentasse em frente ao computador, Albert
não estava entendendo nada, até que seu pai ligou a webcam e então ele viu um
rosto familiar e dez seu coração encher se de alegria era Zafrina sua amiga que
também ficara muito feliz em velo novamente, ele perguntou a ela como
conseguira falar com ele, então ela explicou que graças a seus pais que
mandaram dinheiro conseguiram comprar computadores para auxiliar na educação
dos alunos da nova escola, enfim ela estava muito agradecida pelo presente, bom
depois disso todos os dias depois da escola Albert e Zafrina conversavam pela
internet e através do email que ela aprendeu a mandar, e assim foram se
comunicando até as férias que já tinham um destinatário Zimbabwe África que não
demorava chegar Zafrina disse a Albert que tinha muitas coisas novas para lhe
mostrar, muitas aventuras ainda estavam por vir durante as férias dos dois
amigos.
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